Oficina levou 20 mulheres empreendedoras para uma experiência potencializadora. 

Entre os dias 13 e 18 de janeiro, aconteceu no Rio de Janeiro a Oficina de Capacitação ao Empreendedorismo em Economia de Comunhão, dentro do 4º Circuito Criativo D.A.M.A.S., realizado pelo Instituto por Direitos e Igualdade (IDI). A iniciativa foi possível graças à parceria entre IDI, Economia de Comunhão, APOL Desenvolvimento Estratégico e contou com o apoio de lideranças da comunidade Agente MUDA e da Samambaia.org, uma instituição que apoia as novas economias no país.

O objetivo da oficina foi potencializar a atitude empreendedora de cerca de 20 mulheres oriundas de regiões periféricas do Rio, que já empreendem em áreas como beleza, alimentação, vestuário e artesanato. Muitas delas são mães-solo. 

Na programação, as empreendedoras puderam aprofundar estratégias, a partir da metodologia “Vai ou Racha”, como a análise das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades relacionadas aos seus negócios. Além disso, trabalharam na construção de um planejamento estratégico e dialogaram sobre gestão financeira pessoal e da empresa. A facilitação foi de Rodrigo Apolinário, assessor técnico da Economia de Comunhão, e Caroline Farias, consultora da APOL.

No último dia, as empreendedoras viveram um momento marcante, quando puderam simular situações de cunho realista de um negócio, com dinheiro de mentira, para exercitar processos de venda, compra, análise de estoque, controle de despesas, etc.

Oficina leva metodologia da Economia de Comunhão para mulheres empreendedoras periféricas no Rio de Janeiro

“Vocês não sabem a ‘confusão’ que causaram na minha mente (rs). Já baixei os aplicativos de controle financeiro e agendamento automático e já criei o meu plano estratégico administrativo organizado por trimestre. Obrigada por tanta ‘bagunça’! Estou treinando pedir e fazer comunhão. Amanhã terei uma reunião para dar início ao trabalho com essa filosofia. Levo vocês na memória, no coração e nos negócios”, escreveu Erica Bello, uma das mulheres participantes, profissional da área de estética e beleza. 

Erica Bello

Profissional da área de estética e beleza, uma das mulheres participantes.

Mônica Combatente Xavier, fundadora do D.A.M.A.S., programa de empreendedorismo social e cultura e  diretora presidente do IDI, destacou a sinergia entre a sua organização e a Economia de Comunhão. “Sentimos que a fraternidade, que é um dos pilares da edc, também é o nosso pilar balizador, pois empreender nas periferias e favelas é muito difícil, principalmente para as mulheres. Os facilitadores da edc e APOL foram maravilhosos! A linguagem simplificada e compreensiva foi determinante para o aprendizado. As mulheres saíram transformadas, motivadas, e o melhor de tudo, celebrando suas conquistas como empreendedoras”, destacou.

Para Rodrigo Apolinário, a oficina foi uma excelente oportunidade de impulsionar a edc no Rio de Janeiro, um estado reconhecido internacionalmente, mas que atravessa enormes desafios de violência, desigualdade e vulnerabilidade socioeconômica. “A Economia de Comunhão pode trazer uma contribuição muito valiosa para essa região, começando por essas mulheres incríveis. Pudemos mostrar para elas que podem estar mais integradas e, naturalmente, compreender que suas oportunidades e vulnerabilidades podem caminhar juntas e que podem se ajudar concretamente no dia a dia. A cultura de comunhão gera a redução da pobreza porque algumas acabam tendo alguns recursos e faltando outros, porém essa partilha gera resultados que podem ser mais coletivos”, completou.

Mônica também ressaltou a importância da oficina para o despertar de uma consciência coletiva entre as mulheres. “A jornada empreendedora das mulheres periféricas se inicia de forma muito solitária e desacreditada, até mesmo pelos familiares, e exige muita determinação e resiliência para suportar as adversidades.” E completou: “essa injeção de ânimo da oficina tirou até algumas mulheres da procrastinação, da tristeza e do desânimo em que se encontravam.”

As organizações celebram o sucesso da parceria e anseiam por novos projetos em conjunto! E já iniciaram um planejamento para o mês de maio de 2025, na qual a oficina  “Vai que dá” será oferecida para dezenas de mães atípicas das periferias, que anseiam em empreender para melhorar o suporte aos filhos especiais sem sair de suas casas,  priorizando a qualidade de vida.

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