Em 1991 nasce a Economia de Comunhão e ali, naquele mesmo dia e local, nascia um dos primeiros braços desta nova economia: a Escola Aurora, desenhada por um pequeno grupo de educadoras que conheciam a força da educação por um mundo mais justo e fraterno. 

Os primeiros passos foram dados naquele mesmo ano. A Escola Aurora foi fundada  a partir da de ideias  das educadoras, que em suas formações vinham de concepções pedagógicas diferentes e até antagônicas entre si, mas que não deixaram as diferenças impedirem de alcançar uma meta maior: a criação de uma escola comprometida com o compartilhamento de recursos pela erradicação da pobreza e com a difusão da cultura da unidade junto às futuras gerações. Decidiram, então, que tudo na escola deveria ser planejado, executado e concluído num clima de colaboração e de comunhão entre todas.

“Isso exigiu de nós atitudes como saber ouvir, colocar nossas ideias com abertura e desapego para acolher a ideia da outra e, principalmente, recomeçar sempre que necessário”, nos conta Hilda Cristina Manarelli, mais conhecida como Dinha, uma das primeiras professoras da Escola Aurora, sócia desde 1998 e atual diretora. 

Faixa Escola Aurora.

30 anos não são 30 dias

Durante as três últimas décadas, troca de ideias, vivências a cultura de diálogo, entre o corpo docente, discente e familiares ajudaram a transpor para a prática os objetivos desenhados no início. 

“Essa experiência inicial forjou toda a nossa prática, influenciando cada realidade da escola, particularmente os relacionamentos. E esse clima permanece até hoje, permeando todo o nosso trabalho.”

Pátio Escola Aurora.

E essa atitude foi vivida até mesmo nos momentos mais difíceis. Em 2020, com a chegada da pandemia da Covid-19, a escola sofreu com as crises acumuladas. A alta inadimplência e a saída de alunos ocasionaram na diminuição da receita, o que interferiu diretamente nos planos para futuros investimentos. A diretora enfatiza que a principal segurança da Aurora foi justamente o fato de enfrentarem juntas os novos desafios.

Evitar demissões e permanecer em diálogo aberto com as famílias e a equipe de colaboradores e colaboradoras eram as metas daquele momento – e que não abriram mão. A fé nas pessoas e na comunhão superou as expectativas e permitiu investimentos em novas tecnologias para potencializar o aprendizado dos alunos no formato de ensino híbrido, o que gerou mais segurança também às famílias.

“Após um ano e oito meses de pandemia, a Aurora recebeu 100% dos alunos no formato presencial, alcançou o bom funcionamento da estrutura e, principalmente, conseguiu enfrentar a crise sem demitir ninguém, apesar da contenção de gastos”, destacou Hilda

Sala de aula com estudantes na Escola Aurora.

Desafios e alegrias

Outras dificuldades foram vividas nessa trajetória, principalmente de crises financeiras. Dinha diz que houveram tempos em que duvidaram da permanência da Escola, mas que até as adversidades foram cruciais para o amadurecimento como empresárias e também  da proposta pedagógica. “São momentos preciosos para a nossa história”.

Além disso, alegrias não faltaram. É comum receberem ligações de ex-alunos(as) para visitas ou relatos que comprovam a contribuição do ensino para toda a vida. Um caso recente foi de uma ex-aluna com deficiência que entrou em contato para dizer que toda a formação que ela tem hoje deve à Escola Aurora, deixando um grande agradecimento a toda equipe que trabalhou naquela época, citando cada nome. 

Outro feedback positivo veio do ex-aluno que hoje trabalha em uma faculdade e coordena várias equipes de diferentes projetos. Ele foi questionado sobre como consegue transitar bem entre as equipes e a resposta foi “quem estudou na Escola Aurora sabe fazer isso porque tudo parte do relacionamento e lá aprendemos isso”. 

Quadra da Escola Aurora.

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