Não raramente, lideranças empresariais chegam até nós e nos perguntam: como faço para que a minha empresa seja uma empresa da Economia de Comunhão?
Antes de apresentar alguns pressupostos práticos, vale lembrar que a Economia de Comunhão carrega consigo uma consolidada cultura corporativa baseada em valores como a coerência, a interdependência, a fraternidade e a reciprocidade. Uma empresa que vive a cultura da Economia de Comunhão adota uma gestão que tem como fundamentos a criação e redistribuição de riquezas e de talentos, além de relações de respeito e confiança com os stakeholders.
Além de empreender esforços para viver essa cultura, existem alguns pressupostos práticos que uma empresa pode adotar para embarcar em nossa jornada empreendedora.
Pressupostos práticos para ser uma empresa edc
Uma ação que a sua empresa pode começar agora é planejar a abertura de vagas específicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ações afirmativas de contratação social geram oportunidades de superação e dignidade para as pessoas. Em adição, permitem que a sua empresa coloque em prática o ODS 8, que é também um dos objetivos da Economia de Comunhão: emprego digno e crescimento econômico.
Outra atitude é oferecer produtos e serviços a custos mais acessíveis para pessoas e comunidades vulnerabilizadas. Essa prática pode ser parte do core business da empresa ou ser desenhada especificamente para essa finalidade. Oferecer oportunidades de acesso a tais produtos e serviços incentiva a movimentação econômica com geração de riquezas para a comunidade, dando origem a um ciclo virtuoso para o empreendedorismo.
Ex metafórico: sua empresa produz filtros de água. Você pode oferecer a comercialização do filtro a custo acessível em parceria com mercados locais, incentivando o comércio e auxiliando na resolução de um problema socioeconômico que é o acesso à água potável.
Criar canais de receita exclusivos para gerar recursos para pessoas e grupos vulnerabilizados de forma contínua, também é um caminho. Se a sua empresa não tem a possibilidade de ofertar um produto ou serviço especificamente para comunidades em vulnerabilidade, uma outra opção é destinar a receita de determinado produto ou serviço da empresa para gerar uma fonte recorrente de recursos para aquela comunidade ao entorno da empresa. Isso proporciona o financiamento de iniciativas a longo prazo, mais condizentes com uma verdadeira mudança sistêmica.
Ex metafórico: se a sua empresa oferece treinamentos para diversos tipos de softwares, a renda do curso do software X, ou parte dela, pode ser, todos os meses, destinada à manutenção de uma quadra de esportes na comunidade.
Além das iniciativas citadas acima, outra possibilidade é destinar recursos, independente de lucro ou prejuízo, para projetos sociais. É possível fazer isso por meio da Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom) – que arrecada recursos de pessoas e empresas para desenvolver e manter projetos de norte a sul do país – ou destinar esse recurso diretamente para um projeto da comunidade ao entorno da sua empresa. A Anpecom tem quase duas décadas de existência e gerencia os recursos da edc com credibilidade e transparência, apresentando resultados periódicos. Confira aqui nosso relatório de 2021 com o impacto gerado pelos nossos projetos.
Ao adotar qualquer uma dessas iniciativas e estimular a cultura da edc como parte da gestão, sua empresa já está percorrendo a jornada empreendedora da Economia de Comunhão.
Para saber mais, acesse nosso Guia de Impacto e entre em contato para saber como mensurar suas iniciativas e apresentá-las ao mercado.