Todos os anos, os países-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática se reúnem para discutir os avanços e novas ações para frear o aquecimento global. É a chamada COP, que está em sua 27ª edição, e que está sendo realizada no Egito.
Este ano, a expectativa é que as iniciativas sejam mais voltadas para o presente, com menos promessas para o futuro e com ambições factíveis para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Também estará em jogo a validação da proposta de um fundo de US$ 100 bilhões das nações ricas para as nações mais pobres, com o intuito de financiar a transição para uma economia de baixo carbono.
Uma discussão importante endereçada pela COP diz respeito aos efeitos da mudança climática aos povos mais vulneráveis. Já é bem claro que não são mais possíveis apenas ações para mitigar os efeitos do aumento da temperatura. Mais do que nunca é preciso olhar também para a adaptação, já que muitos povos, especialmente nos países em desenvolvimento, vêm sofrendo cotidianamente as consequências do aquecimento global.
Ainda mais grave são as perdas e os danos sofridos enquanto não há adaptação e mitigação. A COP também deve tratar dos prejuízos climáticos que, mais uma vez, estão na conta dos mais pobres. Juntando essas duas pautas, uma discussão bastante evidente nos próximos dias será sobre justiça climática.
Por isso, o que é discutido na COP tem tudo a ver com as nossas comunidades locais. Precisamos monitorar os compromissos assumidos lá, pois, nosso país e nossas populações mais vulneráveis já sofrem os efeitos das mudanças do clima. Enchentes, deslizamentos, queimadas, dentre outros eventos extremos, são um empecilho ao desenvolvimento sustentável e propulsores de ainda mais desigualdade social.
Portanto, a Economia de Comunhão faz um convite para que toda a nossa rede acompanhe e monitore as iniciativas e os compromissos da COP 27. De maneira especial, a edc quer mobilizar nossas comunidades com iniciativas promovidas pelo movimento cidadão global It’s Now, do qual somos membros e protagonistas.
Durante todo o mês de novembro serão realizadas ações de enfrentamento às mudanças climáticas que vão desde a eliminação de carne bovina na alimentação até a organização de mutirões para plantio de árvores. Tudo isso tem como objetivo mostrar que cada pessoa pode fazer a sua parte para enfrentar a crise climática individualmente ou reunindo outras pessoas em torno da causa.