Cerca de 43 participantes acompanharam o evento, de empresários com longas carreiras executivas a jovens ávidos por ambientes de trabalho com mais propósito em suas organizações. Uma diversidade de pensamentos e experiências que enriqueceu a conversa.
A abertura ficou ao encargo de representantes da Anpecom e do Amani Institute, ambas organizações comprometidas com o impacto social e novos modelos econômicos.
Em seguida, a facilitadora Flávia Cerutti conduziu uma apresentação muito interativa e dinâmica sobre conceito, habilidades e dimensões Intraempreendedoras.

Intraempreendedorismo é a prática de desenvolver soluções inovadoras em uma organização existente. Os intraempreendedores são funcionários que trazem um “DNA empreendedor” para as organizações a fim de desafiar suposições, trazer pensamentos inovadores e criar valor a partir de experimentações.

Aproveitando uma analogia com a organização das nossas grandes cidades, Cerutti evidenciou que não resolvemos as problemáticas urbanas pensando em demolir e começar tudo do zero. E assim também acontece dentro das empresas.
Em seguida, os participantes puderem compreender melhor quais são as habilidades Intraempreendedoras necessárias para desenvolver soluções que considerem esse contexto sistêmico das empresas e busque por soluções mais profundas.

As habilidades intraempreendedoras

Inovação e empreendedorismo: entender a complexidade estrutural dos problemas, reconhecer a necessidade de mudanças e, a partir disso, criar espeços de reflexão, diálogo e ação. Processo longo, que demanda tempo e energia.
Liderança e propósito: como fazer a diferença para a comunidade, país e sociedade com o seu trabalho. Como não perder de vista esse objetivo e colaborar com quem já apresenta essas motivações.
Pensamento sistêmico: compreender que os problemas estão na estrutura da sociedade e que eles só irão ceder quando começarmos a pensar de forma diferente. “Antes de se apaixonar pela solução, apaixone-se pelos seus problemas”, destacou Cerutti.
Pensamento político: é preciso entender que existem conexões entre as diferentes organizações.

Como saber se eu sou intraempreendedor(a)?

Dois relatos de empresários da Economia de Comunhão ajudaram os participantes a compreender como introduzir conceitos importantes do intraempreendedorismo nas empresas como tempo e liberdade, capacidade de inovação das equipes, adoção de metodologias de resolução de problemas, presença de valores de colaboração, experimentação ágil, apoio para inovar e poder compartilhado.
Diógenes Monteiro compartilhou com todos suas boas práticas em inovação a partir da abertura ao erro. O empresário cultiva na empresa o “direito” à falha, reconhecendo que é melhor arriscar para inovar e errar, do que se manter inerte. O resultado é a colaboração entre os diversos times da empresa em novos projetos e tomadas de decisão.
Na mesma linha, Rodolfo Leibholz também dividiu suas boas práticas na empresa que fundou. “Partilhávamos projetos, propósitos e metas em assembleias com todos os funcionários e tínhamos a coragem de apresentar o lucro que a empresa dava e quanto eles tinham de participação. Uma coisa é autoridade, outra é liderança”.
O diálogo se seguiu e o encerramento contou com algumas dicas de como construir uma atitude intraempreendedora em sua empresa. Tome nota!
Como construir uma atitude intraempreendedora:

  1. Tenha capacidade e visão estratégica
  2. Conheça e entenda seu ambiente interno
  3. Gerencie sua rede
  4. Construa redes!
  5. Não subestime o poder das conversas informais
  6. Dados antes da retórica (experimentação rápida)
  7. Não tenha medo de falhar
  8. Seja resiliente.

 
 
 
 
 

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