Você conhece o conceito de justiça climática? Sabe de que forma ela está relacionada com o aumento da pobreza? Continue lendo e entenda esta relação.

A mudança climática, há tempos, deixou de ser uma discussão apenas científica e ambiental. Ela se tornou um desafio social urgente que afeta diretamente milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente as populações mais vulneráveis. 

Regiões como África Subsaariana, Sudeste Asiático e América Latina já enfrentam realidades duras de insegurança alimentar, escassez de recursos hídricos e vulnerabilidade econômica. 

Comunidade Arara-AM.

Com o avanço das mudanças climáticas, fenômenos como secas extremas, inundações e tempestades cada vez mais intensas afetam diretamente essas áreas. A destruição de plantações, perda de meios de subsistência e migração forçada são apenas algumas das consequências imediatas e que alimenta um ciclo de vulnerabilidade: os desastres ambientais agravam a pobreza, e a pobreza, por sua vez, limita as opções para se adaptar ou se recuperar.

Isso cria uma desigualdade injusta: enquanto as nações mais desenvolvidas historicamente contribuíram mais para a emissão de gases do efeito estufa, são as nações menos industrializadas que arcam com os maiores custos.

O que é Justiça Climática?

O conceito de Justiça Climática emerge justamente dessa intersecção entre clima e desigualdade social, reconhecendo que as comunidades socialmente mais vulneráveis, que menos contribuíram para o aquecimento global, são as que mais sofrem com seus impactos.

A Justiça Climática reconhece que os problemas climáticos são também problemas de justiça social. Ela exige que as nações e corporações que mais contribuíram para a crise climática assumam a responsabilidade de apoiar financeiramente e tecnologicamente as regiões mais afetadas. Trata-se de repensar políticas ambientais com foco na equidade e de garantir que a transição para uma economia mais verde seja inclusiva.

Morador ribeirinho mostra a quantidade de peixes mortos devido à seca.

Além disso, as vozes das comunidades mais afetadas precisam estar no centro das soluções. São elas que, por viverem na linha de frente das mudanças climáticas, possuem o conhecimento local necessário para enfrentar os desafios. Garantir participação ativa dessas comunidades nas negociações globais e nas tomadas de decisão é fundamental para um futuro mais justo.

De acordo com dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM), respectivamente, existem cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo vivendo em lugares vulneráveis à crise climática e mais de 2 milhões de pessoas morreram nos últimos 50 anos em consequência de eventos extremos e desastres naturais influenciados pelas mudanças climáticas.  “A justiça climática exige uma abordagem mais inclusiva e sustentável para tratar a crise climática global”, explica as Nações Unidas.

Como agir? 

Nosso país experimentou e ainda experimenta as consequências devastadoras das crises provocadas pela Mudança Climática. Não vamos nos esquecer tão cedo das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul e pelo segundo ano consecutivo vemos incrédulos a nossa Amazônia enfrentar secas severas que deixam comunidades ribeirinhas e indígenas completamente isoladas, sem acesso à água potável, alimentos e remédios. 

E foi justamente a partir da escuta de pessoas dessas comunidades que a Economia de Comunhão lançou sua campanha Comunhão e Ação 2024 com o tema “Pela emergência climática e social”. A arrecadação de recursos será destinada a atender projetos de impacto socioeconômico e ambiental de norte a sul do Brasil, promovendo a cultura do encontro e conectando oportunidades e vulnerabilidades.

O tema “Pela emergência climática e social”  almeja contribuir com a conscientização do princípio da Justiça Climática, amplamente adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU), conscientizando nossa rede sobre essa questão nesta etapa pré-COP 30. 

Doe agora mesmo e vamos agir em conjunto por mais Justiça Climática. 

Crédito fotos: Arquivo Anpecom (edc Brasil)

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