“A verdade é que não trabalho para fazer algo para pessoas vulnerabilizadas, mas sim para fazer com ela. Seguramente, recebo mais do que dou.”

Seguramente aprendi muito nestes anos e é até difícil dizer quanto, mas vou tentar.

Neste 7 anos atuando na Economia de Comunhão, entendi que cada pessoa, independentemente de sua condição, tem algo para dar. Em cada condução de projetos, percebi que recebi muito mais do que consegui dar. 

Muitas vezes escuto alguém dizendo: “estou ajudando aquela pessoa” … porém, nas nossas relações com as pessoas, se vivenciamos a cultura da edc, percebemos que existe a reciprocidade, então não é que eu dou e para aí….eu dou e recebo – talvez até recebo mais que dou. E nesta verdadeira comunhão, nos sentimos dignos, podemos compartilhar riquezas e pobrezas.

Nos projetos, o nosso papel não é dizer o que a pessoa precisa fazer para sair daquela situação, mas sim se aproximar com muito respeito, delicadeza e proximidade para vivenciar com a pessoa e encontrar, ao seu lado, o seu caminho. Encontrar uma possível solução e caso não encontre de imediato estar sempre próxima. Então, atuamos não para fazer algo para a pessoa em situação de vulnerabilidade, mas fazer com ela.

Quantos participantes dos projetos se reconheceram e se reconhecem como agentes de mudança de suas próprias vidas e também da vida de tantas outras pessoas! Com certeza, o apoio financeiro num momento de uma situação de vulnerabilidade é importante, porém, muitas vezes constatei que a proximidade, a relação de escuta e acolhimento, a oportunidade foi o que fez a diferença na vida daquela pessoa. Foi o que contribuiu para devolver a sua dignidade.

A realidade de acreditarmos que fazemos parte de uma única comunidade global é muito latente no projeto.

É muito forte e comovente escutar um participante dizendo: “Consegui superar graças a cada um de vocês, graças às pessoas que eu nem conheço e elas nem me conhecem, mas que de alguma forma contribuíram para que o projeto existisse”. 

Agradeço aos participantes dos projetos que tive a alegria de conhecer, que me enriqueceram e inspiraram com suas vivências compartilhadas e que me deram a honra de poder caminhar lado a lado neste percurso da vida! 

 

Célia Regina Carneiro é atual Gestora do Supera.
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